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Tópicos contidos neste resumo:
1. Texto interessantíssimo: Como conseguir tocos de madeira em sua
De: Flor de Maracujá
2. CBF anuncia que Morumbi está fora da Copa-2014
De: Curica
3. O rio mais sujo do mundo, na Indonésia (texto original em espanho
De: Lorena Mocelin
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1. Texto interessantíssimo: Como conseguir tocos de madeira em sua
Enviado por: "Flor de Maracujá" florde_maracuja@yahoo.com.br florde_maracuja
Data: Qua, 16 de Jun de 2010 2:18 pm
Texto escrito provavelmente por um português
Como conseguir tocos de madeira em sua vizinhança gastando apenas um picolé de limão
Millor Levi / maio de 2004
Resumo:
O artigo relata os vários métodos de conseguir tocos de madeira, muito
necessários para uma armoraria (oficina para fazer armaduras), tendo um
carro com maleiro razoável e R$1.30, o valor de um picolé de limão.
Mostra em detalhes como identificar as fontes de tocos, os melhores
tocos apropriados, como extraí-los e trazê-los em segurança para seu
novo lar.
I
ntrodução:
A arte da confecção de armaduras é algo apaixonante, vibrante, paciente e
muito recompensador. Isso todo mundo sabe. Entretanto é uma atividade
extremamente cara. Saindo das cotas de malha não rebitadas, as ferramentas
necessárias para trabalhar chapas, couro, madeira, rebites etc vão crescendo
exponencialmente em custos, a começar por uma das mais básicas, a bigorna.
Citando Steve Sheldon â€" renomado e excepcional armoreiro - “fazer armaduras
pode ser um hobby extremamente caroâ€. Quando você não é rico e acha
que uma armoraria é um excelente lugar para depositar uma parcela de
sua fortuna, o jeito é improvisar. O amor à arte acaba, às vezes,
enveredando por caminhos escusos, e um dia você pode descobrir que além
das características supracitadas o trabalho de um armoreiro pode ser
cheio de adrenalina.
O objetivo desta vez era conseguir tocos de madeira para servirem de
“dishing stumps†(fig. 01). Estes são formas curvas em baixo relevo feitas para
martelar chapas de aço planas em côncavas. Fig 01 â€" “Dishing Stump†do
mestre Ben Schenkman. Existem alguns métodos de se fazer estas
ferramentas, alguns envolvem extintores de incêndio. Um dos mais
baratos, porém trabalhoso, é usar tocos de madeira e esculpir a esfera.
Foi este o método escolhido. Faltavam os tocos. Descrição:Sobre a
primeira aventura com tocos. Até uns meses atrás, pensávamos em
conseguir tocos como alguém despretensiosamente pensaria: Vamos até um
lugar que vende isso e compramos. De fato, nosso primeiro toco â€" um
belo exemplar de eucalipto para apoiar nossa primeira bigorna â€" foi
adquirido deste modo. Não foi senão um tempo depois que meu amigo
Philipp Stewart comentou
que achara uma ruazinha perto de nossas casas que tinha uma porção de
madeiras ali no chão, em frente a uns barracos. Possivelmente, os caras
dos barracos vendiam tocos mais baratos que o outro lugar onde
compráramos, dado o aspecto mais rudimentar do local, além das madeiras
estarem de fato na rua. Na época, precisávamos de mais uns tocos para
apoiar outras duas
bigornas - recentes aquisições â€" e nos doía pensar em gastar mais “dinheirosâ€
em apoios. Num ímpeto, chamei Stewart para, naquela hora mesmo â€" duas
da manhã â€" darmos um pulo no tal lugar a fim de vermos se existia algum
toco interessante e entender que lugar era aquele, onde as madeiras
ficavam na rua. Tudo aquilo era verdade e mais, estavam tratando aquela
madeira muito
mal. Vários troncos empilhados, misturados a terra e outros tantos
queimados! Absurdo (fig. 04). Diante deste matadouro, nos condoemos com
os míseros tocos e resolvemos levá-los de prontidão, para salvá-los de
mais abusos.
Além do mais, eles estavam no meio da rua, sem muros ou portão, não era
propriedade de ninguém. O resumo desta aventura você pode ler no Apêndice I, ao final do artigo.
Preparativos para a segunda aventura.
Chegamos finalmente ao recente
relato, quando Erick e eu resolvemos sair
para conseguir tocos para fazer os
“dishing stumpsâ€.
Por volta destes dias, eu passei em
frente ao ponto de táxi aqui do lado de
casa e vi uns tocos na rua, colocados
pelos taxistas para servir de banquinhos.
Perguntei onde eles conseguiram, no que
me disseram que um prédio ali perto
podara várias árvores e os tocos estavam
em frente à disposição. Corri lá, mas não
havia mais nenhum. Que mer...
Quando o Erick me chamou para
arranjarmos tocos, falei sobre o ponto de
táxi, e em como poderíamos pegar
emprestados sem avisar e sem previsão de
devolver algum daqueles banquinhos.
Poxa, os caras já têm um bancão enorme
do próprio ponto, mais três tocos que
pegaram de graça do prédio, além do
velho argumento de que os tocos ficam na
rua, fora da propriedade de ninguém.
Tá, aquilo não parecia a coisa
mais legal do mundo, mas era uma
excelente causa, sem causar nenhum mal
para ninguém.
Primeira vítima.
Lá fomos nós, meia noite e meia,
com o carro dele (o meu quebrou), e
encostamos no ponto de táxi, que estava
vazio. Aqui vale um parêntese: O ponto
de táxi fica exatamente em frente a um
posto de gasolina Shell, aberto 24h. Isso
quer dizer que qualquer um dos frentistas
poderia muito bem ver o que estaria por
vir, e isso não seria nada legal.
Não podíamos dar bandeira, e só
pensamos nisso quando já estávamos ao
lado do toco. Se não agíssemos rápido,
nossa atitude já ficaria denunciada (quem
pára num ponto de táxi vazio e fica ali
sem fazer nada?).
- Já sei, vamos pegar um sorvete e
ficamos aqui sentados chupando. Tiramos
a suspeita de cara e, depois de um tempo,
ninguém vai mais olhar para a gente.
Erick concorda com a idéia, e lá
vamos nós para a loja de conveniência do
posto comprar o picolé mais barato. Pego
um de limão, meu preferido. Erick fica
com um de abacaxi. R$1,30 cada um.
Atravessamos a rua e ficamos lá,
apreciando nossos sorvetinhos enquanto
medíamos no olhar cada uma daquelas
belezinhas (fig. 02).
- E esse, será que é pequeno?
- Não, parece bom, mas tem esses
pregos na lateral, vai que arranha meu
carro.
- O outro está um pouco torto, fora
que este está até de pé e parece ser o
menos usado.
- Tá, vamo nesse mesmo.
O sorvete acaba. Palitos ao lixo.
As mãos livres para o crime. Mas a cena
que se sucede é muito engraçada e
impossível de passar em palavras. Erick
dava uns “chutinhos†no tronco tentando
fazê-lo tombar enquanto olhava de soslaio
para os frentistas que pareciam não estar
nem aí. Me lembrei da pantera cor de
rosa, não sei porque. Ele continuava nos
seus “chutinhos†e estava tão estampado
em sua cara “Estou fazendo algo erradoâ€
que era bem provável alguém notar o que
estávamos fazendo desse jeito antes do
que se pegássemos o tronco na mão e
saíssemos com ele de baixo do braço.
Fig 02 â€" Local do crime 1.
E o pior que o tronco bamboleava,
girava, mas não caía. A cena era hilária e
quase não me agüentei. Chegou um
momento que o tronco tombou, o que só
piorou tudo. Por causa dos citados pregos
na lateral ele foi rolando todo
desengonçado enquanto eu e Erick
tentávamos pará-lo e guiá-lo para seu
destino. Depois de tudo isso, fazendo
barulho, correndo atrás do tronco,
chutando, pisando, eu tinha certeza de
que havíamos sido desmascarados. Mas
os frentistas continuam lá, lavando o
chão, varrendo â€" como fingem bem, estão
só esperando para nos pegar no flagra.
Fig 03 â€" Rua do crime 1 e um empolgado.
Chegou a hora. O tronco no pé do
carro. O porta-malas se abre subitamente,
arremessamos o bagulho dentro, batemos
num estrondo (chamando mais atenção
impossível), entramos no carro e
ganhamos a rua. Vitória!! Pupf, Pla, Pum.
- Aiiiii, meu carro, caralh...
O tronco, cheio dos pregos, vai
ribombando lá atrás e só imaginamos o
estrago. Erick pára numa pracinha para a
gente ajeitar os pregos. Com muito
esforço bicamos eles até entortarem e
quase abrimos os tênis.
- Erick, ERICK! Eu tô ligado que
nesse bosque tem uns troncos de
banquinhos também, o que acha de
darmos uma volta.
Bosques, formigas e guardinhas
noturnos.
E lá vamos nós. Algumas voltas,
vários troncos muito grandes, que pena.
De repente avistamos um que parece
excelente. Descemos do carro e dou uma
testada nele sacudindo com o pé. O
tronco era um formigueiro e começa a
sair formigas por todas as suas ranhuras.
Sem chance.
E não é que avistamos um
menorzinho ao lado de um poste,
possivelmente um banquinho. Resolvo
descer enquanto o Erick fica no carro. Se
o toco não estiver enterrado ele abre o
porta-malas e eu arremesso para dentro.
Quando estou preste a dar um
chute para testar, vislumbro um guardinha
me olhando do outro lado da rua.
Realmente, porque alguém desceria de
um carro e pararia numa esquina. Na hora
nada me ocorreu a não ser: - Não cara,
parece que não caiu nada no chão, não â€"
digo bem alto, para o guardinha ouvir
com certeza â€" podemos ir, foi só
impressão. Ficou horrível, eu sei, nestas
horas a gente fala cada mer...
De volta ao carro, esquecemos a
pracinha e resolvemos dar uma passada
naquela rua dos barracos e dos troncos no
chão. Estava meio relutante de voltar lá,
já que da outra vez eu e o Philipp
passamos grandes apertos com cachorros
e minha mão ficou amassada (ver
Apêndice I). Não importa, vamos lá.
Cão que ladra não morde.
Novamente, diante daquela cena
de horror, o coração aperta por ver toda
aquela madeira sendo mal tratada. A
fumaça estendendo a luz dos faróis
denota que queimaram madeira,
confirmado pelas cinzas e pelas silhuetas
carcomidas de alguns tocos jazidos na
terra â€" poderiam ter feito um enterro
decente pelo menos, malditos!!! (fig. 04).
Fig 04 â€" O grande “simitério†de tocos.
Com fúria no olhar,
procuro algum sobrevivente
que ainda pode ser salvo.
Tinha uns enormes, que
afundariam o barco â€" “mal
aê carinhas, vou ficar
devendo, mulheres e
crianças primeiroâ€. Mas eis
que vejo um mediano,
próximo de outro
menorzinho. Erick faz a
volta para entrar de ré, a fim
de aproximar o maleiro dos
alvos. Desço do carro e,
confiante, me dirijo para o
terreno empedernido.
Fig 05 â€" Zoom do “simitério†com toda a topologia do lugar.
Aqueles barracos (fig. 05),
daquela distância, adquiriam um aspecto
ciclópico ameaçando o despertar de seres
Lovecraftianos. Qualquer um poderia
estar nos vendo por aquelas aberturas â€"
não, aquilo não eram janelas.
Um, dois, três passos. O ambiente
umbrático lançava temores para um
quarto. Quando não é a úmbria é o latido
de um cão. Auuu. O bradar canino
irrompendo o silêncio foi um baque que
me fez pular nos calcanhares. Mais ainda
quando um enorme cachorro SOLTO sai
das cinzas (algo como a Fênix) e vem
latindo na minha direção. Sem pensar em
nada, o corpo toma atitudes por si só:
meia volta e dar o fora.
A cabeça gira para trás para olhar
o perseguidor. Hum, até que o cão não é
tão grande. Tá, ele é de fato pequeno. E o
que eu estou fazendo correndo de um
cãozinho desses. Enfrenta, Enfrenta,
Enfrenta â€" era a mente brigando com o
corpo, tentando assumir o controle.
Momentaneamente ela vence, e viro-me
imponente para peitar o maledeto.
O cão pára sobre o toco sem parar
de latir, mas parece que ficou com medo
também. Ensaio uns passos em sua
direção e ele mostra fraqueza. Vou
ganhando espaço e me aproximando dos
casebres. A visão vai fraquejando o
coração, enquanto a mente racional
associa latidos altos e demorados com
pessoas acordando e saindo de barracos
com espingardas na mão.
Ai ai, esquece, é melhor ir
embora. Recuo um passo. A mente tenta
resistir: - Você chegou até aqui, já fez
tudo isso, vai sair de mão abanando?
Olho para baixo, o toco pequeno
está a poucos metros. Ahh f...-se, vamo
lá. Uma corridinha, agarro o pequeno que
implorava pela salvação, o cachorro brada
mais alto, as pernas se agitam em um
movimento coordenado de “salve-se
quem puderâ€. Abro a porta do carro - que
porta malas que nada, entro de toco e tudo
no banco da frente. Erick pisa no pedal da
direita e deixa os temores para trás.
Podemos comemorar.
Fig 06 â€" “Cristóvão Pereiraâ€, simitério
de tocos â€" malditos!!
Terceira e última vítima.
Já a caminho da casa do Erick, ele
me mostrou um lugar onde havia visto
uns tocos outro dia, mas não estavam
mais lá. Resolvemos dar uns passeios
pelo bairro. Quem sabe não achávamos
outros deste tipo.
Fig 07â€" Rua do crime 3.
Percebemos, depois de pouco
tempo, que vários guardinhas de ruas
usavam tocos para se sentar. Bom, é meio
sacanagem catar os bancos dos
guardinhas. Mas tinha uma esquina que,
na boa, tinham 3 tocos e uma cadeira.
Este guardinha estava esnobando.
Fig 08 â€" Caça-Tocos em ação, avistando a vítima 3.
Fig 09 â€" Local do crime 3.
E além do
mais, não tinha
NENHUM guardinha
na guarita. E além de
tudo isso, tinha um
toco PERFEITO
dando sopa (fig. 08 e
09). Hum, é para uma
boa causa. Paramos.
Com a experiência
adquirida com as
outras duas
conquistas, fomos
rápidos e precisos.
Em 1 minuto o toco
repousava ao lado de
seu colega no maleiro.
Fig 10 â€" Carro carregado, preparando para esvaziar as armadilhas.
Fig 11 â€" Erick também não contém a emoção
A aventura
termina com
fotos.
Finalmente,
chegamos na casa
do Erick com um
ótimo resultado
depois de um dia
de caçada aos
tocos. Com a
máquina digital
dele registramos o
momento que
descarregamos o
carro (fig. 10, 11 e
12), e depois o
momento feliz do
dever cumprido
(fig 13).
Fig 12 â€" Tava pesadinho.
Ainda sobrou pique para
voltarmos em cada uma das cenas
do crime e tirarmos fotos para
poder escrever este artigo que, se
não ajudar alguém a conseguir
tocos para armoraria, espero que
tenha ao menos o divertido.
Fig 13 â€" Nós e as belezinhas, só faltou hidromel.
Conclusão:
Depois de toda essa aventura,
aprendemos algumas coisas. A primeira é
que o trabalho de um armoreiro pode ser
cheio de adrenalina, bastando para isso
não ter dinheiro para comprar tocos. A
segunda é que, mesmo se tivesse
dinheiro, é sempre mais divertido trocá-lo
por aventuras.
Também aprendemos que achar
tocos não é tão difícil assim, dê uma volta
pelo seu bairro e comece a perceber os
assentos dos guardinhas. Eles estão o
tempo todo lá, mas às vezes nem
notamos. Eu queria mesmo saber da onde
que os guardinhas todos arranjam seus
toquinhos. De fato, uma ou outra esquina
estará esbanjando (com uns 3 tocos e uma
cadeira, por exemplo) e, por um estranho
motivo, não haverá ninguém na guarita.
Nesta hora, você pode agir. Outra opção
com mais gastos, cerca de R$1,30 â€" um
picolé de limão -, são os pontos de táxis
com banquinhos sobrando e que,
invariavelmente, ficam ao lado de postos
de gasolina 24h. Uma certa malícia será
necessária nestes casos e, preste atenção,
controle-se para não rir. E também fique
atento aos pregos maus.
Agora, se você quiser viver
momentos do mais puro desafio e
emoção, dê uma passada na rua Cristóvão
Pereira lá pelas duas da madrugada e
tente salvar um daqueles pobres
toquinhos, fadados ao fogo e terra â€" e
urina de cachorros, ahhh malditos!!!
E lembra-te, se tudo o mais falhar
e ainda assim precisas de um toco para
armoraria...
...CHAMA OS CAÇA-TOCOS.
Música tema dos Caça-Tocos
Coloque a trilha dos Ghost-Busters e
cante a letra.
Log-Busters!
If you want some wood in your neighborhood
Who you gonna call?
Log-Busters!
If you need some logs but are afraid of dogs
Who you gonna call?
Log-Busters!
I ain't afraid of no dogs (Latidos ao fundo)
I ain't afraid of no dogs (Latidos ao fundo)
If the bark is wet and the core poor bad
Who can you call?
Log-Busters!
Then a sudden watchman ruins out your plans
Oh, who you gonna call?
Log-Busters!
I ain't afraid of patrols (som de sirene ao fundo)
I ain't afraid of patrols (som de sirene ao fundo)
Who you gonna call?
Log-Busters!
The stump don't come, pick up the phone
And call
Log-Busters!
I ain't afraid of no dogs
I hear they pee in logs
I ain't afraid of patrols
Yeah, yeah, yeah, yeah
Who you gonna call?
Log-Busters!
If you’re in need of pretty logs baby
You’d better call
Log-Busters!
Let me tell you something
Ice-cream makes a good lure
I ain't afraid of no dogs
I ain't afraid of no huts
Don’t get caught in cab stand
Log-Busters!
When they all are gone
And you still want some more
I think you better call
Log-Busters!
Ow!
Who you gonna call
Log-Busters! (Repeat to fade)
Agradecimentos:
Agradecimentos especiais aos meus colegas caça-tocos: Erick Ðikola (Sergio
Marquart Roma), Philipp Stewart (Aratan Lambert Brasil de Carvalho) e Geléia e suas
respectivas mães por tê-los gerado “cheios†de saúde. Valeu carinhas, vocês são incríveis.
Agradeço aos membros de Silvarium, ao pessoal da lista Medieval-Brasil, e aos
meus amigos medievais, em especial: Queen, Nanis, Renato, Erick, Phillip, Thelus, Ana,
Hellequien e Davidain que estão sempre presentes e dando o sangue para Silvarium
acontecer. São vocês que me mantém motivado, e espero retribuir de algum modo.
Um agradecimento reforçado ao Hellequien e a Queen, que doaram suas casas para
a construção de nossas oficinas e têm que ficar aturando o cantar das bigornas até tarde da
noite. Sem vocês não seria nem necessário este artigo.
Por último, e não menos importante, um grande agradecimento ao meu pai â€"
Roberto Spinelli -, que começou zombando quando, há muito tempo atrás, disse que faria
armaduras e hoje se empolga comigo e me ajuda em tudo que preciso.
Meu muito obrigado a todos vocês!
Apêndice I:
Este texto foi um e-mail que escrevi relatando minha primeira aventura com
troncos junto com mestre Philipp. A propósito, Aratan e Philipp são a mesma pessoa:
Caras, vcs não tem noção da
aventura que foi conseguir estes dois
troncos. Foi muito divertido também. Uma
pena que tive infortúnios, dois dedos da
mão esquerda ainda não respondem
quando tento dobrá-los.
Quando eu cheguei na casa do
Aratan, ontem, ele explicou onde e como
era o lugar. A descrição é a mesma que ele
já tinha postado. Vale a pena dar um
refresco:
"Tem um lugar que eu achei do lado de
casa (naum, naum é o mesmo!) que tem
madeiras deste calibre tb... pode ser mais
caro, mais barato ou a mesma coisa, mas
naum custa perguntar... é na Viscente Rao
ao lado na concessionária da NISSAN... a
única coisa ruim é meio bocada... os
carinhas q vendem a madeira moram ali
mesmo nuns barracos e pah...".
Devo dizer que nosso querido
TanTan foi bem generoso. É incrível como
pode existir isso em São Paulo. No meio da
Vicente Rao, encostado numa
concessionária, perto de um posto, de um
Vaspex, bem ali mesmo, se encontra uma
misteriosa ruazinha onde termina o asfalto
(é sério) e surge nessa lúgubre alcova um
casebre acompanhado de muitos e muitos
troncos jogados descuidadamente por sobre
o terreno. Mais alguns passos corajosos
neste Vietnam improvisado e se escondem
mais meia dúzia de barracos.
Enfim, pedi a Tan para vir comigo
mostrar o lugar, apenas mostrar sabe, para
que eu pudesse voltar outro dia e comprar
nosso toquinho de amarrar jegue. Me
espantou sua reação:
- "Ahh, eu sei que vc vai querer pegar o
toco e vai me convencer a fazer junto com
você".
É incrível como meus amigos me
conhecem, sou totalmente transparente.
Diante desta posição defensiva adotada
pelo ser em questão, fui obrigado a utilizar
minhas técnicas de suscetibilidade
desenvolvida por anos e anos sendo o
Baitolo-Mor Papa Sereno Grão-Vizir
Visionário Plus 2 com Tudo em Cima.
Rapidamente, Aratan (que será chamado de
"vítima" nas cláusulas procedentes) foi
sendo obrigado a se sentir parte das ações
que, naquele início de noite de uma pacata
terça feira setembrina, tornar-se-iam um
grande marco na luta por uma forja na
faixa (vale dizer que já está agendado
as próximas conquistas: pegar emprestada
sem data de devolução a onipotente
bigorna centenária que habita uma
pracinha de Campos do Jordão; e o
confisco das lendárias ventoinhas da
Acesita que, sabemos, não estão declaradas
no imposto de renda da mesma).
Saímos da casa da vítima com o
jipão previamente preparado para
comportar o bagulho - o banco de couro
debruçado ao máximo liberava um bom
volume no porta-malas. O caminho
realmente era curto, e em menos de 5
minutos virávamos a direita naquela ruela
ímpar e solitária, praticamente um oásis, e
divisávamos a arquitetura tétrica e macabra
dos barracos na meia luz de peçonhentas
lamparinas que lançavam sombras
ululantes, prefaciados pelo nosso objeto de
desejo, madeiras e mais madeiras, todas
maltratadas pelas bizarras criaturas que
habitavam aquele outeiro senil.
Dos barracos mais distantes, apenas
a mais sutil silhueta era visível, o que
criava uma atmosfera temerosa pelo
desconhecido, pelo invisível, pelo
intangível. Entretanto, com a determinação
forjística liderando o pensamento,
afastamos o tremor enquanto lançávamos o
farol alto em direção às madeiras, ansiosos
pelo toco perfeito. Era difícil dizer, um
amontoado de troncos que desafiavam a
aferição visual. Era necessário descer e
tocar de fato.
Virei o carro de ré (para facilitar a
recepção do bagulho) e, desse jeito,
adentrei o estranho terreiro. Sem a ajuda
dos faróis, o ambiente adquiria um aspecto
mais denso e desafiador. Mas era
necessário fazê-lo. O coração de um
homem é mais empedernido, as palavras de
Stephen King â€" “simitério†de bichos -
retumbavam em minha mente. Desci
confiante, passos decididos. Caminhei por
aquele jardim de tocos atentando pelos
detalhes. Muito pequeno, muito grande,
irregular, ESSE. Parecia bom, mas teria
que aplainar um lado. Nossa, mas parece
ser pesado. Vou dar mais uma olhada. Não
longe dali, havia outro toco de diâmetro
menor porém bem aplainado e comprido.
Fiz sinais para que TanTan abrisse o portamalas,
aquele eu já ia garantir.
Com bastante força, carreguei a
criança no colo e a coloquei para nanar no
jipão. Mas ainda estava obcecado por
aquele outro, maior. Será que caberia no
carro, será que não estava preso debaixo
dos outros tocos? Só havia um meio de
descobrir.
A esta altura a adrenalina pipocava
no sangue e a cada baque do toco caindo
na terra, esbarrando no pára-choque,
caindo dentro do porta-malas era um
calafrio a mais para a coleção. Não
demorou em ouvirmos latidos vindo da
região além da visão. O latido não parava.
"Vamos Tan, vamos rolar este tronco
rápido". Mas estava realmente preso sob
outros troncos. Juntando toda a força que
me restava, segurei nas borda e puxei.
Uma, duas, três, dez... moveu. Lentamente,
despertando de um sono pesado, o tronco
foi cedendo, rebolando e rolando para fora
de sua cama. Mais uns dez empurrões e ele
já se apresentava perante o jipão. "Tantan,
vc vai ter que erguer comigo isto aqui".
Agora sim, tivemos que fazer toda a
força que a adrenalina proporcionou. E
bota adrenalina nisso, pois se juntaram ao
coro vários outros cachorros que
facilmente teriam acordado todos os
barracos da região. Eles não paravam de
latir, e era bem capaz que tivessem alguns
soltos, prontos para nos pegar.
O toco subiu no ar, embicou no
porta-malas e... estacionou no pára-choque.
Era preciso mudar de ângulo para
empurrar. O apoiamos nos joelhos
enquanto eu mudava de posição para fazer
a força necessária. Blum-blum, ameaçou
bem na porta, fingiu que ia entrar, que ia
encalhar, mais um empurrão e
BLUUUUNMMM. Ele entrou no portamalas,
fazendo um enorme barulho. Acho
que foi nessa hora que ele deve ter rolado
por sobre meus dois dedos criando a
contusão que ainda não passou. Mas na
hora a gente nem sente essas coisas, a
necessidade de sair rápido dali falava
duzentas vezes mais alto.
De volta ao volante, Tantan no
outro banco. As chaves, cadê as chaves.
Mer.. de bolso da calça jeans. Ligou. Sai
em carreira, ganhando a avenida.
Ainda penamos muito para tirar os
tocos do carro. Mas nesta hora o Iraê
ajudou.
Aqui está o relato de uma aventura para
entrar nos feitos de Silvarium :o)
Gente, deixa eu ir dormir, tô caindo de
sono.
Espero que tenham se divertido.
Abraços
Millor Levi.
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2. CBF anuncia que Morumbi está fora da Copa-2014
Enviado por: "Curica" curica_2006@yahoo.com.br curica_2006
Data: Qua, 16 de Jun de 2010 2:57 pm
CBF anuncia que Morumbi está fora da Copa-2014
Último projeto enviado pelo São Paulo nem será analisado
Do R7
Fonte:
Aumentar a fonte
Diminuir a fonte
Djalma Vasão/ Gazeta PressCBF queria gastar menos do que o previsto para adequar Morumbi e CBF excluiu o estádio da Copa do Mundo de 2014
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O que você achou do veto ao Morumbi?
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A CBF anunciou nesta quarta-feira (16) que o estádio do Morumbi está excluído da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. A Fifa havia aprovado o projeto enviado pelo São Paulo no último dia 14 de maio, mas o clube não conseguiu aperesentar as garantias financeiras para execução da obra.
Pelo projeto, o São Paulo previa gastar R$ 630 milhões para adequar o estádio, localizado na zona sul da capital paulista, às exigências da Fifa para que o Morumbi pudesse abrigar a abertura da competição. Depois, sem conseguir recursos, o clube voltou atrás e apresentou outro projeto, com previsão de gastos de R$ 265 milhões, o que desagradou a CBF.
Com o veto ao Morumbi, crescem as chances da construção de uma nova arena na capital paulista para abrigar os jogos da Copa do Mundo de 2014. O bairro de Pirituba, na zona norte da capital paulista, pode ser o local a abrigar o novo palco.
Em Johannesburgo, na África do Sul, onde acompanha a Copa do Mundo, o ministro do Esporte, Orlando Silva, disse ao Sportv que a candidatura paulista deve se movimentar para resolver o problema criado com o veto ao Morumbi
- Nós estamos agora diante de uma crise. O que foi combinado não foi cumprido. O Comitê paulista agora vai ter que dar uma solução. A Fifa vai examinar a situação e deve tomar uma posição.
Por meio da assessoria de imprensa da candidatura do Morumbi para abrigar jogos da Copa-2014, o São Paulo informou que cabe a candidatura paulista se posicionar sobre o veto.
Veja o comunicado oficial da CBF
"Não foram entregues ao Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014 (COL), por parte do Comitê da Cidade de São Paulo, as garantias financeiras referentes ao projeto do Estádio do Morumbi aprovado pelo COL/FIFA no dia 14 de maio de 2010.
O Comitê da Cidade de São Paulo enviou ao COL um sexto projeto, que não será examinado.
Sendo assim, fica excluído do projeto da Copa do Mundo de 2014 o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi."
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3. O rio mais sujo do mundo, na Indonésia (texto original em espanho
Enviado por: "Lorena Mocelin" lorena_mocelin@yahoo.com.br lorena_mocelin
Data: Qua, 16 de Jun de 2010 3:53 pm
--- En universo_imaginario@gruposyahoo.com.ar, Nelly Cordoba <abuelanelly58.5@...> escribió:
Y todavía creemos que la tierra nos aguantara más ??????? HAZ ALGO NO TE QUEDES ASÍ: ES POR TI!
Cómo queremos vivir en la tierra si la destruimos...!!! Hemos visto imágenes que nos hacen sentir lástima, impotencia, tristeza... quizás hasta repugnancia.
No
sé qué sentirán ustedes al ver las imágenes siguientes, pero yo siento
impotencia y tristeza, al ver cómo nuestro mundo se va derteriorando y
cayendo a pedazos por nuestras propias acciones.
Es el río Citarum, ubicado al oeste de la isla de Java en Indonesia.
Irónicamente este río, en sus buenos tiempos, era utilizado para la pesca y la irrigación.
Así viven ahora: Debido a las fábricas que existen en el lugar, el río se convirtió en un inmenso basurero.
Los aldeanos dejaron de pescar. Lo que ahora hacen es "rebuscar" entre
la basura, algo que les podría servir para vender o negociar por
alimentos.
QUE
DESGRACIA!!!... Y después nos quejamos cuando la naturaleza responde a
todo esto con terremotos, huracanes, inundaciones,... etc.
Esas respuestas son solo una pequeña muestra de lo que nos espera si continuamos destruyendo el planeta.
HAY QUE TRATAR DE HACER ALGO URGENTE. ¡COMIENZA POR PASAR ESTAS IMAGENES A TODOS TUS AMIGOS! EL PLANETA Y FUTURAS GENERACIONES TE LO AGRADECERAN...
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Hasta la vista muchachos! Beijos da Lorena
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